Rachaduras
Avistei o buraco
que se abria para me engolir.
Um buraco imenso
no chão seco e quente.
Uma abertura
no tempo e espaço de fora
a refletir
o tempo e espaço de dentro.
Aquela fenda era eu mesma
com as rachaduras que
caminham comigo
e me sustentam.
Engolida, não senti medo
durante a queda,
prova disso é que desci
cantando.
“Há uma rachadura
em tudo,
é por ela que entra
a luz”.
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